01
ABERTURA
TEMA: BRASIL – FOLCLORE, FESTAS JUNINAS E JULINAS
Sonetistas CAPPAZEs
Oi gente, vamos todos pro arraial, (Carlos Reinaldo)
dançar forró, baião a noite inteira. (Neneca Barbosa)
Vai ser uma festança bem legal, (Hélio Cabral Filho)
tem namoro na festa brasileira. (Josias Alcântara)
O sanfoneiro tem um bom astral, (Neneca Barbosa)
o povo dança muito, abre a porteira, (Josias Alcântara)
e chega o padre, a festa é do casal, (Carlos Reinaldo)
segue a festança, tudo é brincadeira. (Joyce Lima Krischke)
CAPPAZ está festiva, tem quentão, (Carlos Reinaldo)
tem muita dança e esparge a poesia, (Josias Alcântara)
também foguetes, milho e forrozão. (Roseli F. Roque)
Tem cantoria, farra e aguardente, (Roseli Farias Roque)
começa em junho, adentra julho a ação, (Josias Alcântara)
Festas Juninas têm calor de gente. (Neneca Barbosa)
PARTICIPANTES DA 170ª CIRANDA – CAPPAZ – BRASIL – FOLCLORE, FESTAS JUNINAS E JULINAS – JUNHO – 2023
1. Antônio Oliveira – Cardoso (14)
2. Celso Correa de Freitas (05)
3. Deomídio Macedo (17) ENCERRAMENTO
4. Dido Oliveira (12)
5. Eda Bridi (11)
6. Hélio Cabral (09)
7. José Maria de Jesus Raimundo Silva (15)
8. Lourdes Ramos (03)
9. Lúcia Silva (16)
10. Maria da Conceição Ferreira Santos (08)
11. Marina Martinez (10)
12. Neneca Barbosa (13)
13. Roseli Farias Roque (04)
14. Salomé Pires (07)
15. Sandro Rocco (06)
16. Sonetistas CAPPAZes (01) ABERTURA
17. Valmir Vilmar de Sousa (Veve) (02)
02
NOITE DE SÃO JOÃO
Valmir Vilmar de Sousa (Veve)
Noite de São João
Ah! Como é lindo
Ver a fogueira queimar
Para esquentar da noite fria que é
O balão a subir e a gente a dançar
Comendo batata doce, aipim e pinhão.
Depois vem a quadrilha e todos a dançar
E se alegrar
O gaiteiro puxando o fole até que dá
O violeiro a cantar lindas canções
Para todos enamorados
Que nos cantos a se beijar
Agora vem a carroça do seu João com os noivos
Para mais um casamento na roça
O padre a se demorar
A noiva a chorar
E todos a se lamentar
De talvez o casamento
Não concretizar o sonho de dona Sinhá
Mas Santo Antonio “padroeiro dos aflitos”
Não deixa a festa morrer
Seu padre celebra o casamento
Para todos a dançar a valsa dos roceiros
E mais um viva São João
21/06/92
03
SANTOS PADROEIROS, SALVE, SALVE!
(LOURDES RAMOS)
Santo Antônio é aos 13
Por ser o santo mais pobre
São João aos 24
São Pedro aos 29!
São os três benditos Santos
Das nossas festas juninas
Trazendo todo o encanto
Aos meninos e as meninas
Fazem parte da alegria
Chapéus, caipiras e tranças
Guirlandas e bandeirinhas, balões, música e comilança
Em meio a tanta festança
Nós em nossa fantasia
Voltamos e ser crianças
Dançando na quadrilha
Com a maior maestria
Pai, mãe, o filho e a filha
Acontecem na matrix
Rezas, procissões e cantos
Orações e simpatias
Pedem as bênçãos dos santos
No arraial, muita folia
Fogos, fogueira e quentão
Estamos comemorando
Antônio, Pedro e João!
04
FESTA JUNINA
Roseli Roque
Pulamos fogueira
Muita dança comida e folia.
Temporada de São João
Festa arretada com muito estilo em todo Brasil e mundo.
Seja velho ou criança a festa é sempre divertida.
É pamonha, é quadrilha é barraca do beijo…
E o sensual forró.
E o forró faz bem ao coração.
E o céu é lindo na noite de São João.
E o forró começa, e o balão sobe a fogueira queima,
E a estampa é o xadrez
E as bandeiras coloridas amarradas no cordão,
E o mundo celebra na tradição cristã.
De 21 a 24 o solstício de verão no hemisfério norte.
E o dia mais longo do ano e o início do verão.
São João padroeiro da amizade.
05
JUNINA DA FRAN
Celso Corrêa de Freitas
C C F
Cadeiras nas portas das casas
E até um caminhão com um cantor
Crianças que pareciam ter asas
E canções do nosso interior.
Uma fogueira de fagulhas brilhantes
Aquecendo as estrelas no céu
E o coração dos amantes
Inspirando o casal Cris e Leo.
Que chegaram depois de mim
E antes da Fernanda e o Fernando
Convidados da Dora e do Sinhô Gin
Que com a Bafon estava se casando.
A festa de São João
Da Rua Osmar Antonioli na Mirim
Que vai ficar no coração
Daqueles que próximos a mim.
Receberam do Padre CCF a Benção
E depois fizeram da festa uma beleza
Dançando e se divertindo de montão
Na quadrilha comandada pela Duquesa.
Nas pessoas que assistiam explodia
Enquanto a noite avançava com o fulgor
Da lua que a tudo sorrindo assistia
Entre todos um clima de muito amor.
Parabéns para a Fran e seus vizinhos
Que uma grande festa organizou
Não faltou comida, bebida e carinho
Para quem da festa, participou!
06
FESTAS JUNINAS
Sandro Rocco
Junho é mês de zoeira, euforia e muita folia;
É tempo de muita dança e também de namoro...
O povo todo festeja, vibra e esbanja alegria,
A ponto de até quase vir a perder o decoro!
Todos se regozijam, apresentando sorrisos,
Ante uma explosão de majestosa felicidade...
Paqueras veladas, sutis, ou “toques” precisos,
Deixam o ambiente agradável de verdade!
Camisas de flanela, botas, calças remendadas,
E os tão charmosos chapéus, feitos de palha...
Vestidos de chita, sobre pernas bem torneadas,
“Marias-Chiquinhas”, e até dentições com falha!
A “azaração” é muito democrática, sem distinção;
Hormônios eclodem, sem precisar de um motivo!
O corpo é embalado pelo ritmo intenso do coração,
Que retumba pelo formidável fato de estar vivo...
Quitutes dos mais gostosos, uma coisa fenomenal:
“Pés-de-moleque”, bolo de fubá, milho cozido,
Pipoca, pamonha, canjica, arroz doce, e curau;
Com quentão ou vinho quente, bem entendido!
As brincadeiras se multiplicam, a farra aumenta;
O “pau-de-sebo”, corrida do saco, ou a pescaria,
Onde o mais esperto, com certeza, se apresenta,
Ganhando muitos beijos das moçoilas em euforia!
E sob os vários cordéis de bandeirolas coloridas,
Outro evento arrebatador resplandece e brilha,
Pois a baderna mais prazerosa e bem concebida
É seguir os ditames da tradicional “quadrilha”!
Do Céu, orgulhosos por apadrinharem tudo isso,
Estão nossos São Pedro, São João e Santo Antônio...
Seja sob as estrelas, com sol, ou mesmo se chover,
Que tão admirável legado possa sempre se manter,
E que Deus abençoe esse endiabrado manicômio!...
Santa Albertina-SP
07
EM BUSCA DA ALEGRIA PERDIDA
(A lenda da festa junina)
Autora: Salomé Pires
O vento assobiava lá fora e João com o nariz colado na janela, único lugar da casa que não tinha frestas, ouvia o silêncio triste que imaginava povoar aquela rua de chão batido.
Os amigos de escola deviam estar em suas casas, quentinhos ao redor do fogão a lenha, comendo e bebendo chocolate quente, por isso amavam o inverno, ele por sua vez, não via beleza alguma em passar frio e ver sua mãe sofrer. O dia seguinte, 24 de junho, seria seu aniversário, mas era melhor esquecer, ninguém lembraria disso mesmo.
Na sua casa tudo era gelado, desde que o pai morrera, quando chovia, vinham as goteiras, quando os dias eram frios o ar gelado entrava nas frestas e invadia a pequena e velha casa de madeira.
A mãe tossia tentando disfarçar a doença que há muito tempo a fazia sentir fortes dores no peito. Desejava estar num lugar com muita alegria e comida gostosa, não havia nada em casa para comer e seu estômago também doía.
Uma batidinha no ombro fez João virar-se, mas nada viu, outra vez a batidinha e nada.
Aqui - disse uma voz vinda debaixo.
O rapaz não acreditou que um duende, vestido de branco o chamava. Ele se agachou e o pequeno homem pediu que aceitasse uma bala. Ele a chupou e foi diminuindo de tamanho.
Vamos - disse o duende - tenho algo a mostrar. Puxou João pela mão e foi entrando em uma fresta brilhante que se formava na parede.
Para onde vamos?
Para um lugar feliz e muito colorido – respondeu o duende sorrindo.
Então uma música alegre se fez ouvir e já se encontravam num lugar de festa, uma fogueira no centro e muitos duendes, de todas as cores, cantavam, dançavam e comiam guloseimas deliciosas.
Então ele viu sua mãe, ela estava dançando feliz, sem vestígios dos males que vinha sofrendo.
Segurou na mão da mãe e entrou na dança ensaiada que chamavam de quadrilha, enquanto um gaiteiro tocava seu acordeom verde, muito bonito. Ele se encantou com o instrumento, lembrou do pai que tocava um parecido e o ensinava, mas depois teve que vendê-lo para comprar remédios. O som daquele instrumento enchia tudo de alegria e calor, pediu para tocar um pouco, e como num passe de mágica, ao encostar no acordeom lembrou as lições que seu pai lhe dava quando era bem pequeno. E tocou magistralmente.
João se divertiu muito, tocou, dançou e comeu de montão, era maravilhoso ver a mãe amada sorrindo saudável.
Fez uma visita à cozinha onde os duendes, homens e mulheres se revezavam na produção dos quitutes e ajudou a fazer muitos pratos deliciosos.
Então novamente a batidinha no ombro, era o duende de branco dizendo que estava na hora de voltar. Que pena! Mas precisava ir. O duende o puxou pela mão e ainda conseguiu acenar para sua mãe que sorria feliz. Já dentro de sua casa, seu tamanho voltou ao normal. O sol começava a entrar pelas frestas aquecendo o ambiente. Lembrou de sua mãe e correu ao pequeno quarto improvisado, ela não estava, sobre a cama havia uma grande toalha xadrez com todas as guloseimas da festa: batata-doce assada, bolo de milho, broas de polvilho, maçã do amor, puxa-puxa, cocadas, pé-de-moleque, pipoca, doces de frutas, de abóbora e garrafas de quentão a base de suco de uva, gengibre e canela e muitas outras coisas.
Uma voz suave cochichava ao seu ouvido: reúna o pessoal da rua e faça uma festa com fogueira, comida e música, não esqueça que você sabe tocar acordeom.
Compreendeu que sua mãe ficara no outro lado, na alegria daquela festa de junho todas as suas dores haviam desaparecido. Sabia que teria que dar muitas explicações sobre a "viagem" de sua mãe, mas logo esqueceriam. Ensinaria muitas receitas que aprendera por lá, eram ingredientes simples, comuns naquele sertão. Então prometeu a si mesmo fazer uma festa igual àquela todos os anos no dia do seu aniversário, 24 de junho.
E para sua maior surpresa, como a provar que tudo fora real, sobre uma cadeira velha ele a viu, a gaita verde que havia tocado no mundo dos duendes.
Agora sim as festas de João estariam completas! Com os anos deram a essa festa uma conotação religiosa, mas isso não importava ao povo, que ano após ano se reunia na alegria de uma festa junina.
08
Á GRAÇA DE PEDRINHO.
Maria da Conceição Ferreira
- Pedrinho, sua madrinha nos convidou para almoçarmos com ela.
-O que!!!?
- Dia de S. João.
- Na semana passada, ficamos lá o dia todo!!!
- O que é isso, menino!!!? Não gostou do convite?
- Gostei sim.
- Não entendi seu espanto parecendo que não gostou. Caminha, vai tomar banho. Não devemos chegar atrasados.
-Tô indo.
-Não há necessidade de lhe dizer pra esfregar-se bem, porque você tem 8 anos.
A, tá bom. Eu, hein, chatice!
- Menino, menino. Hum, hum! Eu devia lhe dar banho, pra garantir um banho bem tomado.
- Era só o que faltava, a senhora me dar banho. Tá sonhando, coroa?
- Você tá se achando. Olha o respeito.
Foram bem recepcionados por madrinha. Beijos estalados nas bochechas de Pedrinho, por todos da casa, abraços de d. Lourdes, madrinha de Pedrinho em d. Mirinha, mãe do nosso garoto.
Como chegaram bem adiantados, após a efusão de beijos, abraços, aperto de mãos, Pedrinho saiu a passear pelos arredores da casa.
Viu uma jiboia, uma ninhada de pintos brancos e amarelos.
Procurou, achou um cipó, começou surrando a cobra e dizendo: vai pegar os pintos que estão gordinhos. E tome cipoada na cobra, que se enrodilhou.
- Menino, qual é sua graça?
Ele foi pra junto da menina, esta aparentava uns 8 anos
- Qual é sua graça?
- Eu lá, tenho graça?
- Olha, que pé de frutinhas carregado! E estão madurinhas! Você sabe o nome?
- São boas pra fazer agente enxergar as cores diferentes do que são.
- Verdade!!!? Como usamos. Comando ou como chá?
-Qual! Pegamos 5 frutinhas assim, como estão vermelhinhas, esfregsmis nas palmas das mãos e...
- E o quê?
- Arregalamos os olhos, esfregamos as mãos neles.
A menina inocentemente abriu bem os olhos e esfregou as mãos neles!!!
O grito ecoou longe, fazendo o pessoal sair à procura. Vendo-a, ouviu-se uma enxurrada de perguntas:
- O que você tem,
- O que aconteceu...?
Ela tentando apontar pra onde o menino estava, dizendo:
- Ele mandou eu esfregar as frutinhas nos olhos.
- Ele quem?
- Este aí.
Disse ela, novamente apontando pra onde Pedrinho estava O desespero dela era aterrador. Chorava aos berros, esfregava as mãos nos olhos, pulava, pulava...
-Mas não tem menino algum, aqui!
Finalmente alguém disse:
- Leva a menina ao rio, manda abrir bem os olhos, e põe o rosto dela na água, até passar o ardor. Mas tira o rosto da água vez em quando pra ela respirar, eu vou dar uma bordejada nas redondezas da casa pra ver se acho o tal menino, que deve estar escondido.
Neste instante d. Mirinha disse de rosto virado pro chão, com as mãos nos olhos:
- O menino já sei que é Pedrinho, gente! Pelo amor de Deus, me desculpem, perdão, perdão.
Alguém falou:
-A senhora não tem que perdão, não. Ele sim. E vai pedir, sim.
E aí, soou o vozerio. Verdade, como se faz uma coisa dessa!!!? E muita ruindade, perversidade, se fosse meu filho...
D. Mirinha só chorava. A voz não saia, por mais que ela tentasse!
No instante em que alguém ia abraçá-la pra confortá-la, ouviram:
Olha o moleque aqui. Estava escondido dentro do roldão de moer dendê!
O menino caiu de joelhos aos pés da madrinha. Esta, rapidamente levantou-o,
- Você vai pedir perdão a minha sobrinha. Foi a ela que você fez sua brincadeira de mau gosto.
E saiu levando-o, ao rio, seguro pela camisa, e o pessoal acompanhando-os.
09
FESTA JUNINA
Hélio Cabral Filho
São Paulo, Santo Antônio, São João.
Festa junina é uma maravilha.
Tem doces, tem cocada, tem pinhão...
Fogueira, tem barracas, tem quadrilha.
Maçã do amor, pamonha, tem quentão,
Tem gente colorida que desfila;
Também tem bandeirolas, tem balão,
Que lá no céu, tão estrelado, brilha.
Comidas e bebidas saborosas,
Tem casamento, dança, fantasia,
Matutos lindos, prendas tão charmosas.
Assim é essa festa, essa magia:
Uma energia tão maravilhosa,
Que explode com folguedos de alegria.
10
FESTAS JUNINAS
(300623)
Marina Martinez
Confesso: não tenho muitas recordações dessas datas. Nascida em cidade grande, pouco participei dessas comemorações. Uma que outra lembrança do tempo do Grupo Escolar. E bota tempo nisso. Achava diferentes as roupas com xadrez, remendos, chapéus de palha, tranças com grandes laços coloridos. Algumas músicas ao som de gaitas, comidas especiais, no pátio do colégio. Milho cozido, pipoca, quentão, bolo de chocolate. Um dia era um santo. Poucos dias depois, outro. Rezas, promessas, Santo Antônio de cabeça para baixo, de castigo, velas em agradecimento. Rituais muitas vezes para agradecer, mas quase sempre para pedir. Na minha ignorância achava muito estranho atribuir às imagens de santos qualquer responsabilidade por fatos ocorridos ou por desejos não alcançados. Ao longo da vida, decifrando alguns desses mistérios, também fui descobrindo minhas crenças e meus pedidos ocultos. Nunca pulei fogueira. Mas provei quentão. Lambuzei a boca com bolos de chocolate e outras delícias. Poucas lembranças, como disse, mas agradáveis. Momentos que compuseram o mosaico da minha infância e adolescência. Capelinha de melão é de São João. É de cravo, é de rosa, é de manjericão. Meu carinho tardio pela inocência não aproveitada!
Palhoça
11
AS FESTAS JUNINAS DE 2023
Eda Bridi
Três fogueiras acende o Pampa
A Quadrada, de Santo Antônio
O Santo Casamenteiro
A Redonda, de São João
O Santo Festeiro
A Triangular, de São Pedro
O Santo Padroeiro do Rio Grande do Sul
As lenhas vão tomando jeito
Quadrada, Redonda, Triangular
E a fogueira está feita
Arde a brasa, arde coração!
Geme a gaita e as cordas do violão
Gaúchos e prendas dançam o Venerão!
E na Dança das Fitas batem o pé!
Pés descalços pisam sobre brasas
Sem dor ...
(Uma tradição da comunidade de Linha
Carijinho/ Sobradinho/RS)
E no Arraial, tendas e gostosuras
Bolo de milho, batata-doce assada, pinhão
Rapadura, capilé, cachaça e quentão!
Aquecem alma e coração!
Simpatias e provas de amor
Aquecem alma e coração!
Sem dor ... É o amor!
A Festa continua no Arraial
Todos dançam e cantam
a música folclórica gaúcha:
“Ai bota aqui, ai bota ali
O teu pezinho
O teu pezinho bem juntinho
Com o meu
.......................................
Agora, que estamos juntinhos
Dá cá um abraço e um beijinho”.
Sobradinho/RS
12
FESTEJOS JUNINOS
(Dido Oliveira)
Festas junina, julinas e até agostinas!
Sem contar que bem antes, em maio,
Já se começa o ensaio do festejo
Que parece não ter fim
E vai até fevereiro, acordar o Carnaval.
Na verdade, juninas - apenas isso.
Mas como se ater apenas a um mês,
onde três santos tão importantes têm seus dias cravados nele?
· Santo Antônio - o santo casamenteiro;
· São João - o festeiro;
· São Pedro, considerado o primeiro Papa, por ser fundador da igreja cristã.
A tradição dos festejos foi trazida da Europa pelos portugueses,
desde a época da colonização, e no Brasil ganhou outra dimensão,
proporcional à milhões corações inflados como balões,
Ávidos pela festança, cheios de emoção e amor,
prontos para comemorar a tradição que, por todo esse Brasil, se perpetuou.
- Pula fogueira Iaiá
- Pula fogueira ioiô
13
VIVA O SÃO JOÃO
Neneca Barbosa
O Arraiá das Festas Juninas
ativa cada coração
dos meninos e meninas.
Tem forró e muito baião.
A festa ao som da sanfona
pra a meninada animar,
a vibração vem à tona
pois criança sabe amar!
Sua culinária tem:
pamonha, milho, paçoca,
muitos docinhos, também,
e bolo de mandioca.
Na festa tem pescaria,
com a varinha na mão,
tem presente, que alegria,
quanto amor no coração!
É uma festa brasileira,
há em cada região,
grita a criançada arteira:
viva o nosso São João!
João Pessoa – PB
14
SANTO ANTÔNIO, EM JACOBINA
Cardoso
Nas terras de Jacobina
Todo 13 de junho
Santo Antônio é festejado
Pelo povo da cidade
O divino Santo Antônio
É amado e respeitado
Nas encostas cume e rios
Da Chapada Diamantina
Do vaqueiro ao criador
Do peão ao lavrador
Do doutor ao professor
Santo Antônio, o protetor
A fé sempre brotou
O tríduo desabrochou
Os pedidos dessa gente
Santo Antônio realizou
Milagroso Santo Antônio
Santo do mundo inteiro
Rogai por todos nós
Ó bondoso padroeiro
06/2023
15
FESTA NO "ARRAIÁ "
José Maria de Jesus Raimundo Silva
Hoje tem festa no "arraiá ".
A fogueira está acesa.
A festa vai "se" inesquecível.
Quentão, pipoca, Caldo de feijão,
Batata doce, bolos, salgadinhos e doces variados.
A sanfona vai "tocá", "noís" "vai" "festejá ".
É festa de São João, São Pedro e Santo Antônio.
Bandeirolas de várias cores enfeitam o "lugar.
A quadrilha vai "começá ", para o casamento se "realizá".
Todo mundo vestido a "caraté".
E "noís" dois abraçadinhos,
Trocando beijos e carinhos.
17 de junho de 2023.
16
BRASIL, FOLCLORE, FESTAS JUNINAS E JULINAS
Lúcia Silva
Brasil, gigante pela cultura
Cada Estado e regiões
Festejam com desenvoltura,
Amor e alegria no coração!
Folia de Reis, Carnaval
Festas juninas e julinas
Todas mexem com o astral
Dos meninos e das meninas!
Não existe um brasileiro
Que não goste de festejar,
Quando ouve um som maneiro,
Logo começa a dançar!
Brasil, país folclórico,
Berço da sabedoria popular,
De um povo heroico,
Do brado retumbante a ecoar!
17
ENCERRAMENTO
BRASIL, folclore, festas juninas e julinas
(Deomídio Macêdo)
O convite espalha alegria, numa cor esverdeada, quadriculada.
No centro circular surgem os símbolos que abrangem as festas juninas e julinas de todo o Brasil.
O balão cheio de energia, arrasta, o milho, a sombrinha, que pede com carinho para o violão tocar uma modinha e para acompanhar o som, o mestre Girassol abre as suas pétalas amarelas, irradiando festividades. O cacto que representa o sertão nordestino esconde seus espinhos, coloca o seu chapéu, abraça a sanfona e canta com a boca avermelhada até o dia raiá comemorando a 170a Ciranda Mensal CAPPAZ.
Viva o folclore e as festas brasileiras!
169ª CIRANDA CAPPAZ – PARTE LIVRE
01 ABERTURA
SOPRO DE LIBERDADE
Josias Alcantara
Nossa vida é um sopro de liberdade
Devemos cultivá-la todo dia,
Para alinharmos a felicidade
E entendermos a sua poesia.
A vida é feita de amor, amizade
Ao promover a boa sintonia,
Remoldando a regência da verdade,
Fomentando a canção em sincronia.
Decidir lutar em cada batalha
Para sobrepor a qualquer muralha,
Focando no caminho a sua frente...
É também decidir que a sua vida
Será sempre por você decidida,
Com a liberdade do corpo e mente!
PARTICIPANTES
1. Andrade Jorge (04)
2. Giba Peixoto (08)
3. José Maria de Jesus Raimundo Silva (06)
4. Josias Alcantara (01) ABERTURA
5. Josias Alcantara (10)
6. Joyce (09)
7. Luiz Menezes de Miranda (05)
8. Marina Martinez (03)
9. Roseleide Farias (07)
10. Sandro Rocco (02)
02
DEPRESSÃO
Sandro Rocco
Quando a alma entristece, sem motivo,
E o coração fica apertado e dolorido,
Nos sentimos abandonados e sozinhos,
E a desilusão deixa o ânimo combalido...
Mas quando temos alguém que nos apoie,
Que nos ajude e nos ampare firmemente,
Não há mal-estar que consiga resistir,
Nem tristeza que perdure, intermitente!
Às vezes, é preciso apenas ter confiança,
Pois o medo da derrota, ou de sofrer,
Tira o ímpeto de se esforçar para mudar,
E a situação ruim passa a prevalecer...
Enfrentar o medo é um esforço hercúleo,
Mas necessário para nossa redenção;
Quem se queda ante seus problemas
Vai ser presa fácil para a depressão!...
03
DIA DOS NAMORADOS
em pequenas doses (2015)
Marina Martinez
Eu te amo. Tu me amas,
nos amamos.
Algum problema? Nenhum.
Ainda não nos encontramos.
Numa noite qualquer, me apaixonei.
O coração bateu mais forte,
quase chorei de alegria ao ver-te
tão angelical, lindo. Muita sorte.
Meus braços, ávidos, te envolveram.
Quando beijei o travesseiro, acordei!
Cores e fitas radiantes ornavam meu presente.
Flores variadas, perfumes espalhando amores.
Entrei em casa, fui ao quarto, sôfrega.
E te encontrei, excitado, amando outro!
Flores, fitas e cores caíram-me das mãos.
E ficamos, elas e eu, fenecendo, em estertores.
Vi um sapo na lagoa, me espiando.
Peguei-o com cuidado, mão tremida,
beijei-o receosa, olhos fechados.
Arrisquei olhar. Ele, também. Suspirando.
Recoloquei-o em seu lugar.
Mais um que não virou príncipe!
Ainda esperançosa, segui minha vida.
04
4 ESTAÇÕES
ANDRADE JORGE
Primavera sem fim,
Sonho de verão, doce quimera
Meu outono quebrantado, em mim
Inverno no verso, frio na espera.
A natureza se esmera, chove chuva encantada
E eu no meio dessa
O tempo é de cisma, cismada
é o inverno garoando esperança sem pressa.
Vem na brisa matinal, sopra a água do rio
Traz no éter as folhas do saber,
preparam o tempo mais frio
tempo de se refazer.
São quatro estações,
É rito universal em ação,
orientam direções e sensações,
em troca reclamos e insatisfação...
O AUTOR É ACADÊMICO DA ACADEMIA NACIONAL DE LETRAS DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO E ACADEMIA SALTENSE DE LETRAS
05
SERTÃO
Luiz Menezes de Miranda
Eu sou lá dum outro lado,
Do despertar da manhã,
Do desjejum com cuscuz,
Da banana na brasa,
Da coalhada cortada,
Com gotas de limão.
Eu sou do pau de arara,
Da chama que arde acesa,
Da cigarra que seca cantando,
Dando vida as borboletas.
Por ser do outro lado,
Tudo que digo, afirmo,
Do sabor da cana caiana,
Da rapadura que adoça,
O amargor da minha vida.
Não sei viver sem torresmo,
Sem o café na caneca,
Sem a comida na cuia,
Sem a miragem da terra.
Eu quase não sei de nada,
Durmo e sonho na palha,
Sem medo de lobisomem,
Sou uma ovelha desgarrada,
Que pasta pelas montanhas,
Correndo contra a peia.
Por ser do lado de lá,
Trago no sangue o sertão,
O gosta da terra seca,
As rachaduras no chão.
As pedras secas com sede,
O gado mostrando costelas,
As aves roucas nos campos,
Rogando Deus um encanto,
Pra chuva voltar por sertão.
06
SIMPLESMENTE
José Maria de Jesus Raimundo Silva
Eu digo que quero,
Faço o que posso.
Quando ao se lado estou.
Transformo as cinzas em flores,
Armas em buquês.
As palavras em beijos ardentes.
Simplesmente porque eu te amo.
Varginha MG
07
EU TE AMO MEU BRASIL (acróstico)
Roseleide Farias.🥰🇧🇷
Eu te amo meu Brasil
Uma emoção arde no peito
Temos em ti tanta riqueza
Em minérios, agro, beleza, cores mil
Amo teu verde, sol, chuva, neve
Misto nas cores do teu arco-íris
Ondas de magia vêm do meu Brasil
Minha terra dá côco, cajus, palmeira
E aqui cantam passarinhos e sabiás
Unida à ti tenho meus amores
Brasil rico em terras e flores
Radiantes em perfumes, cores
A desaguar teus rios no mar
Silêncio...! Quero ouvir tua história
Incensos de danças, canto, risos, amar
Levando o povo no peito a alegria
"Na beleza da Cultura Popular"
29/06/2023
08
LIBERTAÇÃO
Giba Peixoto
Nós somos totalmente livres, vivemos o livre arbítrio e esta liberdade tem a garantia da vontade infinita de DEUS.
Vejamos isto de outra maneira.
A infinita autoridade DIVINA vai até onde devemos respeitar essa premiada liberdade.
E isto acontece sim, porque DEUS nos ama.
Principalmente como um amor de PAI para FILHO.
E portanto, não nos surpreende que ELE respeite muito nossa liberdade.
ELE não impõe seu amor, apenas o propõe para nós.
Gibaarte1
05.07.2023
09
PESSOA AMIGA
Joyce Lima Krischke
Pessoa amiga- é aquela que sinto perto, mesmo na distância,
vejo-a com os olhos da alma.
Pessoa amiga- é aquela que enxerga a outra com os olhos da fraternidade.
Pessoa amiga- é aquela que não faz julgamentos apressados pelas aparências.
Pessoa amiga- é aquela que envolve a outra com um sorriso
que a máscara, de hoje, não pode esconder.
Pessoa amiga- é aquela que mesmo distante consegue me trazer a Paz sentida, a Harmonia soada e a Gratidão por estar viva.
Pessoa amiga é aquela que cultiva a flor que da amizade que trago
na minha alma.
Balneário Camboriú/AC- junho /2023
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VISÃO DO BOM COMBATENTE
Josias Alcantara
Seja a luz, na penumbra e no detalhe
Seja amor em todo o evento da lida,
Para justificar a sua vida
Seja um soldado profícuo, não falhe!
Faça planos nessa luta aguerrida
Redobre os esforços e trabalhe,
Lute mais para encontrar a saída
Persevere afoito e não se espalhe.
Concentre-se bem, foque no caminho
E trilhe a caminhada com carinho,
Ao final encontraras a vitória...
Vitória prevista ao melhor soldado
Mesmo na escuridão, é iluminado
E vencedor em toda a trajetória!
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